Panoramio - Lista de Fotos

30 maio 2008

O Mostrengo - Fernando Pessoa, na voz de Paulo Autran



Poema de autoria do grande poeta português Fernando Pessoa, declamado por Paulo Autran.
O Mostrengo integra Mar Português, segunda parte da obra Mensagem, e foi escrito originalmente em 1918, quando Pessoa contava seus 30 anos!

----___----

28 maio 2008

atenção integrantes do Arqueologia de Contato - Projeto Piloto


o atalho para o sítio do projeto é:

http://arqueocontato.blogspot.com


depois de acessar, basta deixar comentário logo abaixo de uma postagem igual a esta aqui, deixando vossos endereços eletrônicos e, se já feitos, os vossos endereços de blog - de preferência com os atalhos em forma de ligações externas (links).

boa descoberta!

aguardo vossas atualizações.

mais uma do Google SketchUp 3D!

cadeira para quintal






----___----

23 maio 2008

da culinária tropical alternativa - sucos

suco de umbu com cravo da Índia

  • 200 g de polpa de umbu
  • açúcar (ao gosto)
  • cravo (ao gosto)
  • 1 litro de água filtrada

bater no liqüidificador até que se torne homogêneo.

como já adiantado na postagem anterior sobre o suco de beterraba com limão, limito-me a manter parte do sugerido lá como apreciação da receita.

é justo que não se deve priorizar um sabor agradável (construído social e culturalmente) em prejuízo do valor nutritivo que os alimentos podem trazer em sua composição e/ou combinação. (...).

(...) o certo é que o cravo atribui um frescor picante à sensação de semi-dormência que a língua experimenta.

as combinações podem ser tantas quanto grandes forem as buscas!

Faz !

21 maio 2008

Racismo Made in Brazil



uer parecer-me que a Rede (Internet) trouxe muito do que pode ser bom para os povos
oprimidos secularmente - tanto sob motivações pseudo-científicas como econômico-militares; por outro lado, também abriu as portas (dadas já as condições históricas que sustentam - inclusive - tais práticas de racismo) para um desmesurado tipo de racismo pouco difundido no Brasil: o do tipo aberto.

é de se notar que, mesmo a Rede trazendo as facilidades de reunião desses tipos sociais (racistas enrustidos/acanhados), o receio e o medo de uma exposição judiciosa e penal (Racismo no Brasil é crime!) ainda garantem certa dormência desses movimentos eugenistas.

ficam a vagar pela Rede, esquivando-se atrás de nomes protótipos de pessoas de bem, como a cópias malfeitas de personalidades assumidamente racistas, desde os latifundiários e sertanistas (homens de Bandeiras) do período colonial, passando por ilustres figuras públicas como Gobineau/Dom Pedro I, Sílvio Romero, Nina Rodrigues, Gilberto Freyre e culminando em Paulo Francis (plagiário) e seus seguidores mais contumazes.

a imagem acima (ficou mais fácil ilustrar o que digo depois que descobri o atalho ctrl+printscreen) faz parte de um fórum aberto em que a temática esteve ligada à violência na África do Sul. entre camuflados e abertos, podem-se vislumbrar várias nuanças de discriminação étnica e também sócio-cultural.

aquilo que não tenho de dor ao ver tais visões de mundo, dei ao diabo o bem que poderiam trazer-me.
eis o atalho para quem queira abastar-se de tanto:

http://www.brazzilbrief.com/viewtopic.php?p=279133&sid=763ad27174d4e28b8ba4c7fd7039845a


....----....

14 maio 2008

da culinária tropical alternativa - sucos

suco de beterraba com limão

  • 1 beterraba descascada
  • suco de 1 limão galego ou Taiti
  • açúcar (ao gosto)
  • canela em (ao gosto)
  • 600 ml de água filtrada

bater no liqüidificador até que se torne homogêneo.

é justo que não se deve priorizar um sabor agradável (construído social e culturalmente) em prejuízo do valor nutritivo que os alimentos podem trazer em sua composição e/ou combinação.

no caso dessa combinação sugerida aqui, parece soar estranho adicionar canela a sucos, mas o fato é que tal ousadia pode conferir-lhes um gosto muito agradável e refrescante, como pude testar também adicionando Cravo da Índia/China em outros sucos. O certo é que o cravo atribui um frescor picante à sensação de semi-dormência que a língua experimenta.

as combinações podem ser tantas quanto grandes forem as buscas!

Faz !

03 maio 2008

minha primeira brincadeira feita com o programa Google SketchUp 3D

o programa é livre e pode ser baixado acedendo aqui. possibilita trabalhar com tranqüilidade e carece de pouca preocupação. com o tempo e as tentativas, aprende-se.

como a postagem anterior trata de culinária alternativa, esta postagem mostrando uma faca vem a calhar...

para quem gosta de cozinhar, dispor de uma boa faca afiada e uma tábua para cortes é quase tudo!

viaja tu em 3 dimensões! faz lá teus projetos...



a interface é simples e fácil de usar. (disponível em français, italiano, deutsch, español, japanese e english)
para quem se interessar, há tutoriais gratuitos em vários idiomas, inclusive em português.
vê abaixo alguns ângulos da imagem exportados em 2D... mas adianto: nem se comparam ao modelo 3D dentro do programa... é simplesmente fabuloso!







01 maio 2008

receitas de culinária tropical alternativa


ão é de hoje que venho prometendo a mim mesmo que num futuro próximo inauguraria uma seção sobre minhas experiências bem-sucedidas na cozinha. bom, o dia é agora. mãos à tecla!
primeiro, a título de aviso e introdução, devo dizer sobre minhas origens culturais e sócio-econômicas. em boa hora já em algumas discussões ao tempo da universidade vieram trazidos à tona o peso que esses fatores têm na construção social do paladar, suponho-o hoje como passível de reinvenção e combinações ainda não experimentadas ao gosto de quem o fabrica ou toma participação dele. reconstruir o paladar social pode não ser uma tarefa fácil, mas operando na esfera mais individualizada ou de pequenos núcleos familiares parece ser mais acessível. todavia, o processo é um pouco "duro" para indivíduos domesticados em círculos culturais conservadores ou tradicionalistas, seja lá o que isso queira significar para quem ousa defender.
nasci em uma pequena cidade do Estado de Minas Gerais, sobreposta forçosamente aos antigos domínios de nações naturais dizimadas ou expulsas de seus territórios, vindo assim, a ter participação marginal no escoamento da produção aurífera do período colonial português, ao se firmar como região de sustentação à rota do ouro naquela porção do caminho. o ambiente histórico era o de escravidão compulsória majoritariamente negra, com a formação de grandes fazendas de gado de leite, culturas de milho e feijão e pequenos víveres de subsistência básica, cedendo lugar mais tarde, no séc. 19, ao plantio de café em grandes lavouras.
sem caracterizar como uma manifestação fechada da "cultura" alto-paraibana, o paladar ali assemelha-se bastante ao que vem sendo taxado de "cozinha mineira".
assim, o paladar da sobredita região embora venha sendo historicamente modificado, guarda muito do que era o cotidiano indígena e colonial, principalmente do séc. 19. como exemplo, pode-se buscar o uso da carne de porco cozida em grandes pedaços e guardada em sua própria gordura, a "banha"; o farto uso da batata (Solanum tuberosum) - ironicamente chamada de "batata-inglesa", o milho (Zea mays) e seus derivados, como a canjiquinha, a farinha e o fubá. do milho em sua forma ainda "verde" se faz a pamonha, o cural, o angu, variados tipos de bolo e também refogados salgados como acompanhamento. outra espécie mantida na culinária em Minas e em boa parte do Brasil é a mandioca. herdada do contado dos colonizadores com povos naturais, resulta ainda hoje como fonte básica de alimentação de muitas comunidades em várias regiões, seja na forma de farinha, polvilho ou simplesmente cozida e servida como acompanhamento.
nesse ambiente de traços e costumes agrários, formou-se uma espécie de culinária caipira ajustada às condições de produção e "heranças paladares" dos diferentes estratos sociais. as reinvenções culinárias, como em outros aspectos sociais, estão mais ligadas à população empobrecida pelas relações de produção capitalista, uma vez que, de fato, dentro dessa lógica perversa deverá "comer o pão que o diabo amassou", posto ao injusto salário que recebe. no caso das elites agrárias, saudosistas e resguardadoras de passado europeu "nobre", os gostos estão mais restritos às receitas herdadas, quando muito substituindo-se apenas um dos ingredientes, como parece ser o caso do trigo por polvilho, em alguns pratos.
venho daí, desse meio inventivo dos camponeses sem terra própria e que vivem de vender sua força de trabalho aqui e acolá.
isto posto, a partir de hoje, tendo tempo, passo a divulgar minhas reivenções testadas e, a título de inauguração, trago aqui a primeira delas:

------------ Fraldinha com Batatas ------------
ingredientes:
  • 500 g de carne bovina (corte Fraldinha)
  • 6 a 8 batatas médias (+ ou - 400 g)
  • queijo
  • 100 g de toucinho defumado (bacon)
temperos:
  • óleo ou azeite
  • cebola (1 em fatias)
  • gengibre (3 finas fatias)
  • pimenta-cambuci e bode (3 e 1, respectivamente)
  • alho (2 dentes)
  • sal (ao gosto)

modo de preparo
:

deve tu cortar a carne em cubos com tamanho aproximado a 3cm; juntar todos os temperos e refogá-los junto às fatias de toucinho defumado (bacon) em óleo ou azeite; juntar aí a carne e refogá-la bem, de modo que pouco precises deixá-la na pressão; após refogá-la, deve juntar-lhes as batatas inteiras sem as misturar, de modo que repousem sobre a carne e acrescenta um pouco de água de maneira a não cobrí-la. submete-a à pressão e deixa lá por 10 minutos em fogo médio; decorrido esse tempo, retira a panela do fogo e vê o estado das batatas (espera sair toda a pressão, por cuidado). se estiverem cozidas ao enfiar-lhes as pontas de um garfo, está praticamente pronta essa parte. retira-as da panela e as deposite em um prato ou travessa funda. se houver excesso de água na carne, retira-lhe um pouco e irriga as batatas com ele. volta a panela ao fogo e deixa-a "apurar" o tempero que está contido na água. não deixa secar totalmente, ela deve ficar levemente umedecida por esse tempero.
dispõe as batatas nos pratos de forma a deixar um vazio no centro e junta aí as porções da carne.

o queijo pode ser posto em cortes feitos nas batatas ou sobre elas.

rende 3 porções puras.

embora possa-se servir arroz em acompanhamento.


atenção: pessoa com dieta balanceada deverá submeter essa receita a seu médico.

nômade, de qualquer jeito e em qualquer tempo...

nômade, de qualquer jeito e em qualquer tempo...
"...eu sou assim, quem quiser gostar de mim, eu sou assim, meu mundo é hoje, não existe amanhã pra mim, eu sou assim, assim morrerei um dia, não levarei arrependimentos nem o peso da hipocrisia..." Paulinho da Viola